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sábado, 9 de julho de 2011

Harry Potter cresce e se despede com melhor filme da franquia

Harry Potter cresce e se despede com melhor filme da franquia!!!


Está chegando o momento pelo qual milhões de fãs ao redor do mundo contam as horas: a estreia de “Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 2″, o filme que colocará um ponto final na franquia cinematográfica mais bem sucedida de todos os tempos.




A ansiedade, porém, vem acompanhada de uma apreensão agridoce. Os devotos almejam conferir o longa, mas sabem que, ao assistí-lo, estarão se submetendo pela segunda vez a um doloroso processo de despedida, tanto de Harry como de seus companheiros. O primeiro adeus, é claro, foi com a leitura do livro homônimo, o sétimo escrito pela escocesa J.K. Rowling sobre o mundo mágico. Nesta ocasião, havia o consolo de que um punhado de filmes inéditos ainda estavam sendo gestados. Dessa vez, ficará um vazio difícil de ser preenchido – aquele deixado por uma fase representativa da vida dos discípulos de Potter, que por anos se dedicaram à via sacra.

Como o livro de Rowling, o filme que serve de desfecho para a história foi esculpido com desvelo e carinho em consideração àqueles que, como colocou a autora em sua dedicatória da obra, “acompanharam Harry até o fim” – os que folhearam os livros e desbravaram os filmes desde quando Harry ainda era um garoto magricela de 11 anos, de joelhos ossudos, cabelos rebeldes e óculos redondos remendados com fita adesiva na ponta do nariz. São os mesmos que, agora, chegam ao lado de um Harry sete anos mais maduro ao calvário, onde o herói há de cumprir o seu destino e enfrentar o terrível bruxo das trevas Lord Voldemort.




Também como no papel, a evolução do personagem até esse instante foi gradual, quase como se ele crescesse e desabrochasse no compasso de seus leitores. O fato é perceptível quando se avança pela coleção completa atento às mudanças no tom e na estrutura desde o primeiro livro, lançado em 1997, até o último, publicado dez anos depois. Se, a princípio, a série era assumidamente infantil, no decorrer dos volumes os problemas enfrentados pelo protagonista se tornaram mais espinhosos e a narrativa cada vez mais séria e soturna.


O mesmo pode ser dito sobre as versões cinematográficas. Os primeiros filmes, dirigidos sem qualquer sopro de inspiração pelo americano Chris Columbus, eram solares, coloridos e pueris. Já o terceiro, repaginado pelo mexicano Alfonso Cuarón, deu novo escopo à saga ao adicionar pitadas de pesadelo à paisagem onírica. O quarto, comandado por Mike Newell, trazia a primeira morte relevante da trama e atestava, por fim, que os personagens, assim como os atores que os interpretam, não eram mais crianças inocentes.




A partir do quinto, a direção ficou por conta do inglês David Yates, que não se afastou do cargo desde então e responde pelos principais ápices da franquia. É dele o notável “O Enigma do Príncipe”, o sexto longa a ser lançado, e é dele também “As Relíquias da Morte – Parte 2″, de longe o melhor filme dentre todos os Potter.

Muito se debateu sobre a opção de filmar o último livro em duas partes. A Warner Bros., encarregada da transposição, alegava que o conteúdo era extenso demais para ser comprimido e que a divisão era a solução ideal para fazer jus ao potencial artístico da história. A prosa de Rowling, afinal, amarrava as pendências espalhadas por todos os trabalhos anteriores, resgatando inúmeros personagens e situações para servir aos seus devidos propósitos.




Aos mais cínicos, contudo, a decisão foi estritamente comercial: um mero pretexto para o estúdio não ter de abrir mão de sua galinha de ovos de ouro. O resultado discutível de “As Relíquias da Morte – Parte 1″, um filme estéril, devagar e sem vida, parecia endossar os céticos.

Felizmente, a segunda parte não compartilha dos deméritos de seu prelúdio. A porção da trama em que Harry perambula junto dos amigos Ron e Hermione em busca das Horcruxes – objetos de magia negra quase impenetrável nos quais Voldemort armazenou fragmentos da alma para garantir a sua imortalidade – foi quase toda coberta no filme passado. Ainda bem: foram-se as cenas em que o trio ia, ia, ia, e não chegava a lugar algum.

Desse ponto em diante, as circunstâncias colaboram para que as Horcruxes restantes sejam rastreadas em ritmo implacável, estruturando a trama em um clímax ininterrupto.




Desse ponto em diante, as circunstâncias colaboram para que as Horcruxes restantes sejam rastreadas em ritmo implacável, estruturando a trama em um clímax ininterrupto.

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